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Cap 66- Quarto de hóspedes






 Roberta deixa Diego e segue com o motorista de Sílvia para casa. Enquanto isso a madrasta do rebelde vai atrás de Leonardo que havia se refugiado na cantina.
 Ela o vê de costas, curvado sobre a pequena mesa redonda com um copo minúsculo de café ainda intocado. Está muito quieto e não dá sinais de que esteja prestando atenção no que está ao seu redor.
-Léo?
-Hã? Aconteceu alguma coisa? –Ele se levanta assim que ela chega, pensando que pudesse ser alguma má notícia.
-Calma, eu só vim ver como você está.
-Estou mal. - Ele senta de costas para ela novamente, com um aspecto emburrado. –Meu filho está doente, pode ter algum problema sério.
-Mas também pode não ser nada. –Ela fala enquanto dá a volta e senta à sua frente. –A gente ainda não sabe.
-Eu to preocupado.
-E porque não foi ver o seu filho enquanto ele fazia os exames?
 Leonardo segura as mãos sobre a mesa e aperta a boca forçando o choro a não sair. Não permitiria a demonstração de qualquer sentimento, mesmo que ele se manifestasse com toda força que tinha.
-Eu não consegui.
-O que? –Sílvia sente a necessidade de vê-lo repetir a fala.
-Eu não consegui olhar pro meu filho, é isso! –Ele aumenta a voz. –Eu fui injusto com ele, eu fui injusto com aquela garota...
-Roberta! –Sílvia impõe.
-É... –Ele concorda. –Não devia ter dito o que disse.
-E porque não fala com o Diego.
-Não.
-Leonardo!!
-Sílvia eu não posso! Não posso... –Ele pensa no que dizer mas não sabe o que.
-Você não pode se “rebaixar”... –Ela faz aspas com os dedos. -... Se retratando com ele, é isso?
-Não!
-Então é o que? –A mulher começa a se irritar.
 Leonardo fica sem fala, começa a suar e abaixa a cabeça com os olhos perdidos.
-Eu tenho medo que ele não me perdoe.
 Sílvia repara na vergonha que o marido sente, do remorso que estava lhe corroendo, mas também repara no orgulho que ele tinha tão forte como sua dor, mas podia estar certo, talvez Diego não o perdoasse. Não havia perguntado pelo pai, nem olhou para ele desde que saiu de casa. Tudo que precisava falava para Sílvia, nunca para ele, estava evitando o pai, que talvez merecesse tudo aquilo.
 No fim das contas eles não conversam, voltam para casa à tarde e Diego vai direto para o quarto. Apesar das inúmeras tentativas de Sílvia, Leonardo não havia tentado uma aproximação. O medo às vezes é maior que os nossos desejos, e isso é o que mata a nossa vida, isso é o que apodrece nossos sonhos e nossa capacidade de ser feliz.

 Roberta chega ainda cedo com uma mochila preta nas costas, o que indicava que Eva havia permitido que passasse a noite ali.
 Ao abrir a porta do quarto do rebelde ela sorri preocupada, mas tenta disfarçar.
-Oi...
 Diego se levanta e vai até ela, a chegada à sua boca é inevitável em todo encontro e o abraço como um ímã já instalado há tempos.
-Vai passar a noite aqui? –Ele segura as mãos dela e ambos se sentam na cama.
-Vou. Pra cuidar de você...
 Diego fica em silêncio. Com um ar alegre e ao mesmo tempo melancólico, ele a observa. Vê os olhos dela ficarem da cor do mel com um mero raio de sol que entra pela janela. Olhos espremidos, misteriosos e o fitavam incessantes.
-Linda... –O rebelde segura o queixo dela e a traz no beijo por poucos segundos. –Eu vou adorar ter você pertinho de mim...
-E eu vou adorar ficar com você... –Ela relembra e não consegue evitar a pergunta. –Ah, você fez todos os exames?
-Fiz... Você já sabe, não é?
-Sei. –Roberta o olha como ninguém consegue. Segura todo o medo que tem para que ele não se preocupe e o leva para um novo estado de espírito sem muito esforço. –Mas eu tenho certeza que esse coração tá perfeito.
-Como você pode saber?
-Simples... –Ela faz charme. –Eu moro nele...

 O rosto de Diego se ilumina e eles se beijam mais uma vez. Ela com os braços em volta do pescoço dele; ele com as mãos abraçando as costas dela. Na medida que a beija mais forte, mais ela amolece, e a medida que percebe isso, mais quer apertá-la contra o corpo. O peito sentindo o corpo projetado no seu, é assim que Diego se vê.
 Ela passa o resto da tarde com Diego, entre beijos, abraços, carinhos, brincadeiras, um olhar mais invasor outro mais terno... Vão conspirando contra o mal estar que já se mostra no fim e as conversas vão surgindo à toa.
-Neste fim de semana é o final da competição de dança da Carla... –Roberta mexe distraída no cabelo dele depositado em seu colo.
-É verdade, eu tinha esquecido...
 Diego esfrega o polegar no joelho de Roberta, que sentada em sua cama, torna a lhe dar as pernas para repousar a cabeça. Logo o silêncio habita e ele relembra um fato.
-O que houve com o diário que você estava escrevendo?
-Tá escondido lá em casa. Eu não escrevi mais depois que a gente voltou.
-Porque? –Ele levanta os olhos para olhá-la e Roberta hesita.
-Ah... Não houve muito tempo.
-E quando você vai me deixar ler?
 Diego volta os olhos e faz uma expressão maliciosa que Roberta logo trata de perceber.
-E você tá querendo achar o que?
-Ah, sei lá... Não escreveu nada sobre mim?
 Roberta quase ri de lembrar que cada linha que havia escrito no diário falava dele, dos momentos e tudo que viveram.
-Amanhã eu te mostro o que eu escrevi nele, talvez você me ajude a terminar.
-Posso entrar? –Alguém bate na porta. Sílvia vem examinar o ambiente. –Tudo bem?
-Tudo. –Diego a olha alegre.
-Que bom, fico feliz. –Logo ela se volta para Roberta que se levanta. –Você já levou suas coisas para o quarto de hóspedes?
-Quarto de hóspedes? –Diego faz que não entende e a madrasta afirma.
-Claro!
-Precisa?
-Diego... –Roberta o corrige olhando pelo canto do olho.
-Ok! –Ele levanta as mãos. –Quarto de hóspedes então!
 Sílvia a leva até o último quarto do corredor principal da casa. Um quarto grande e bonito em tons escuros. A cama de casal, uma cômoda e um guarda-roupas a recepcionam.
-Qualquer coisa que precisar é só dizer, tá?
-Valeu...
 Roberta espera que ela saia e joga a mochila no chão. Desfaz o sorriso e deita calmamente de bruços sobre a cama. Agarra o travesseiro macio com as unhas e pressiona os olhos com força. Tem-se a impressão que o choro quer sair, mas ela não permite. Logo uma gota cristalina cai do último cílio do olho esquerdo, se desfazendo na fronha.
 Viu Diego jogando bola diante de seus olhos, viu-o nadando, viu como ele a olhou no primeiro dia em que se encontraram e a primeira vez que ouviu sua voz. Roberta vai vendo um filme particular em sua mente sem querer, vai refazendo a história da entrada de Diego em sua vida e como ela seria se não mais o tivesse. Neste momento sente uma dor tão grande que seus olhos param de piscar. Fica muitos segundos nessa inconsciência de um terror que poderia ser real se o coração dele, onde de fato habitava, realmente não estivesse bem.
 E ela vai assim, escondida, mascarando seus medos, evitando que de alguma forma transpassasse o que estava sentindo, o que estava lhe machucando. Da mesma forma, mais tarde no jantar, Leonardo faz o mesmo.
-Onde está a Márcia? –Ele dá uma garfada no prato olhando para a mulher, ambos nas pontas das mesas.
-Ela está jantando com o namorado.
-E o Diego?
-Jantou com a Roberta no quarto mais cedo.
 Sílvia reponde tudo sem olhá-lo e com grande indiferença.
-Ele está bem? –A pergunta sai difícil e a resposta pior.
-Você devia ir ver, não me perguntar.
-Só me responde. –ele larga os talheres. –Por favor.
-Ele está ótimo, não se preocupe.
 O político engole a comida como se fosse concreto. A vontade de ir atrás do filho competia com seu enorme orgulho e sua trágica arrogância. O que torna a convivência entre um pai e um filho algo um tanto complicada. Tendo em vista que o diálogo é quando ouvido e boca revezam e não só um deles, esses dois estão indo bem mal.


 Está escuro quando os pés descalços vagam pelo corredor da casa. Vão no peito dos pés, mal apoiando os calcanhares com medo do barulho. Medem a velocidade e até o ar que sai dos pulmões. Cada suspiro será um perigo evidente ou tão bobo quanto uma travessura infantil.
 Quando a porta se abre ele vê somente a imagem escondida pelo cobertor no fundo do quarto. Imóvel, silenciosa... Ela dormia com a mão embaixo do travesseiro, o cabelo espalhado para trás mostrando seu rosto inexpressivo.
 Ele vai até Roberta e ajoelhado em frente à cama abaixa-se até ela. Ao passar os dedos em seu rosto acaba por acordá-la.
 Ao abrir os olhos ela abre um sorriso e um suspiro abrindo os braços. Diego deita nesse abraço e lhe beija o pescoço. Ela está quente e aconchegante.
-Veio me fazer uma visita? –Ela dá um beijo em sua boca enquanto as mãos dele passeiam em seu rosto.
-Não, não... –Diego balança a cabeça e levanta o cobertor dela entrando junto na cama.
 Roberta chega para trás deixando espaço para que ele entre.
-Seu pai não vai gostar disso... –Alguns risinhos escapam enquanto ela fala ao mesmo tempo que o namorado abraça sua cintura e a enche de beijos.
 Nesse momento alguém bate na porta.
-Que foi isso? –Os dois se olham.
-Sou eu, Márcia... Posso entrar?
-Vai, se esconde! –Roberta o empurra e o garoto se esconde no armário de roupas.
-Pode entrar!
 Márcia empurra a porta com um gesto aflito.
-Te acordei?
-Não! –Roberta força um rosto feliz enquanto senta na cama. –Aconteceu alguma coisa?
-É que eu to preocupada com meu irmão... –Ela faz uma pausa. -E com meu pai também.
-Com seu pai? –Roberta estranha.
-É... –A irmã de Diego se senta na cama. –Meu pai tá evitando o Diego porque não tem coragem de admitir que estava errado.
 Diego ouve tudo de dentro do armário e de olhos abaixados permanece pensativo.
-Seu pai é prepotente.
-Não! –Márcia reage.
-É sim. –Roberta é firme. -Ele se acha no direito de decidir pelo Diego, de...
-Isso não é verdade!
-Admite Márcia! Seu pai só não é assim com você!
-Nossa, eu achei que...
-Que eu ia passar a mão na cabeça do seu pai? –A rebelde não se abate.
-Não... Eu...
-Nada disso. Eu digo o que eu penso, não o que os outros querem ouvir. Se você quer alguém pra te enganar procurou a pessoa errada!
 Márcia fica sem reação, mas ao recuperar a fala, prossegue mais tranquila e com voz abatida.
-Eu só quero que tudo isso acabe, que os exames do Diego não deem nada e que ele e meu pai se acertem.
-Eu também... –Roberta se entristece.
-Então eu posso contar com você?
-Pra que? –Roberta é desconfiada.
-É por isso que eu vim aqui... Você pode falar com o Diego? Tentar convencer ele a se acertar com nosso pai?
-Eu não preciso falar pro meu namorado o que ele tem ou não que fazer. Eu posso dar a minha opinião a ele como eu dei a você. –Roberta impõe o seu modo de ver as coisas e Márcia aceita.
-Tudo bem... Então... –Ela olha para a porta e se levanta. –Eu já vou... Obrigada.
-Boa noite.
 Roberta a observa sair e assim que a maçaneta gira ela o chama:
-Diego...
 Ele abre a porta com uma tensão aparente.
-Ela tá preocupada com você. –Roberta continua.
-Eu sei... Mas não vou falar com ele.
-Diego... –Roberta segue ele com os olhos enquanto ele se aproxima de sua cama.
-Qual opinião que você disse a Márcia que me daria?
-Bom... Que se fosse eu, daria tempo para as coisas acontecerem, mas não evitaria o meu pai. Tem tanta coisa mais importante com que se preocupar agora.
-Você tá preocupada comigo, não é? –Diego senta-se frente a ela que tenta evitar demonstrar qualquer sentimento ruim.
-To...
-Não quero que você se preocupe.
-Eu te amo muito Diego...
-Eu também te amo...
 Os dois se olham por alguns segundos e ela sorri com esforço ao receber um beijo na mão.
-Tá frio, você tá só de camiseta. –Roberta repara.
-Isso é um convite?
-E se for?
 Diego se levanta e vai até a porta. Roberta vê quando ele vira a chave e morde a boca. Assim que ele volta retorna para debaixo do cobertor aquecido por ela.
-Ah, é uma covardia comigo, né?
-Covardia? –O sorriso dela muito perto do dele fica de provocação.
-É... Trazem você pra cá e querem deixar você longe de mim!
 Roberta o abraça, os braços estão frios e vão recebendo o calor de suas mãos.
 -É tão bom ficar com você. Eu poderia passar toda minha vida assim. -Ele a aperta contra o peito e lhe diz ao ouvido. –Eu quero te beijar a noite inteira...
-Diego e se...
-Psiu... –Ele não a deixa falar. –Não vai acontecer nada... Eu vou me comportar... Eu acho...
 Roberta deita a cabeça no travesseiro olhando o rosto dele acima do seu. Tinha uma ternura nos olhos e um desejo absurdos que a hipnotizavam. Vê ele se aproximar e afasta os lábios para que Diego possa chegar e entrar neles. Permite que o namorado viaje dentro do seu corpo, experimentando seu gosto e suas texturas milimetricamente.
 Mãos apertando as costas, descendo pelo peito e línguas famintas. Um abraço que comprimia e contornava um ao outro. As pernas se laçavam e os pés se cumprimentavam no final da cama, se encolhendo com o frio que fazia naquela noite.
 Não passa muito tempo até que eles estejam encolhidos um nos braços do outro. Roberta vira de costas para Diego que acaricia sua cintura enquanto vai depositando repetidos beijos em seu rosto descendo do pescoço à nuca até o início das costas. Isso causava nela arrepios descontrolados e borboletas que festejavam em seu estômago.
 Eles vão namorando até o que não haja desprendimento, até que possam se deixar levar pela maré do sono que carrega o físico de um peso gigantesco, fazendo-o recuar da vida, tropeçar na parada e finalmente sem outra alternativa... Dormir.



Comentários

  1. Como você pode saber?
    -Simples... –Ela faz charme. –Eu moro nele

    Adeus vida cruel....


    Lindo demais :)

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  2. Ahhhhhhhhhhh Aline cada dia fica melhor ein, por favor posta o resto hj ainda se ñ eu vou me matar de curiosidade para saber quem entrou no quarto de quem, apesar se ter uma pequena idéia ! Por favor Aline, bjossssss te admiro mt como, mulher, escritora, pessoa etc.... Bjinhoossssssssss Rafaela Carvalho !

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  3. Bonito né?! ta querendo nos matar? posta o restooooooo
    Ownnnnn ta muito lindo, eu quase chorei com a Roberta.
    Darly

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  4. Nossa!!!
    Amo suas histórias, parecem tão reais. Que já estou até viciada, estou louca para ver como essa história vai acabar. Mas, tomara que nunca acabe, porque você escreve de uma forma tão linda que fico triste só de pensar que isso pode acabar um dia!!!
    Beijos.

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  5. aline posta outros capitulos logo por favor

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  6. Ai Aline, estou ansiosa pelo restante do capítulo... posta logo vai!!! bjkss (Scheila)

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  7. Acabei de ler e ja quero o 67 urgentemente!! Aline vc escreve muito bem, não da vontade de parar de ler!!Parabéns!

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  8. aline voce nao vai mais posta o LuArDay????

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  9. gente, voces se lembram daquele ultimo LuAr day que nao foi a Aline que fez, mas ela postou aqui? alguem tem o link, nao estou conseguindo achar aqui

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  10. Parabéns Aline!! Ficou lindo!! (Scheila)

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  11. Aline to mt curiosa, eu n quero que o Diego tenha nada no coração, ia ser mt ruim, espero que ele n tenha nada, amei esse capítulo, como amo todos, to viciada na sua web, não consigo parar de ler!
    Isabela!

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  12. Ai Aline não foi o Diego que errou foi o Leonardo então ele que tem que pedir desculpa, e também chega de briga . Eu queria uma reconcialição bem legal no inicio poderia tem ate um começo de discussão mas ai ele lembra que o filho pode estar com uma doença séria da um pedido de desculpas daqueles com abraço e tudo e também faça que o Diego o perdoe .

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  13. Mas na web não tá falando do Diego pedir desculpas, mas aceitar as desculpas se o pai for falar c ele, mas sossegue, tudo a seu tempo nessa história se ajeita meu anjo ;)

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  14. Ai amiga, to toda derretida, este capitulo foi lindo, terno, e intenso, resumindo:PERFEITO!
    Acho que terei lindos sonhos essa noite graças a você, sua sensibilidade transmite coisas tão boas...ai ai ( suspirando)
    p.s: louca pelo 67
    Darly

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  15. Aline na boa, muito perfeita essa tua web! Tu mostra do amor de uma forma tão, mais tão linda. E olha quando tu lançar teu livro, eu compro!!! Com toda certeza, eu compro! Nunca deixe de escrever essa web, pelo amor de Deus. - Camille.

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  16. OMG esses textos que você escreve são ótimos............. quando vai postar o capítulo 67 ?

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  17. amei.. tou sem palavras... amo os seus textos

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  18. percebe-ce mesmo q vc faz essee blog com muito carinho!....vai demora muito pra posta o 67?
    POR FAVOR NAO DEMORA MUITOO!

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  19. Vou demorar não, daqui a pouco, nem q seja um rascunho eu posto. Ah, e é com mtu carinho sim, a web é meu bb! (^^)valeu meus amores

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  20. Toda vez que leio esse capitulo eu choro...Bom ja chorei umas 20 vezes de ontem pra hoje.

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  21. Nossa, lindo , ficou muito boom!
    esse pai do Diego dá um trabalho ein?!!

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