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Cap 59- Sem registros


 Diego olha para a agenda meio que indiferente. Não fazia a menor ideia de que poderia ser algo mais, além de um caderno de anotações. Mas ele resolve abrir e o ergue sobre os olhos do lado direito.

-Ei! -Roberta salta de repente e o arranca das mãos dele.

-Que foi?

-Isso é meu!

 Sentados frente a frente agora, Roberta prensa o diário contra o peito vendo que Diego parece confuso.

-Isso...? –Ele faz uma pausa. -É um diário? –Diego olha de lado com um sorriso surpreso e desacreditando dessa possibilidade.

-Não... –Roberta tenta negar. -Quer dizer... É...

-Sério?

-O que? –Ela sente a estranheza dele.

-Nada, mas nunca te imaginei escrevendo em diário...

-Ideia da Alice.

-Ela te deu a ideia de fazer um diário?

-Na verdade ela queria ser o diário. –Roberta ri. –E pra implicar eu resolvi escrever um.

-E eu não posso ler, é isso?

-Você não chegou a ler né? –Ela fica apreensiva.

-Não... Quer dizer... Eu vi meu nome. –Ele sorri satisfeito e se aproxima. –Vi algo escrito dizendo que você sabe do que eu gosto... Agora eu tenho que ver o resto.

 Diego avança sobre Roberta que se esquiva para o outro lado da cama virando de bruços sobre o diário. 
-Não, não pode! -Ela grita aos risos, enquanto Diego a gira agarrada pela cintura, trazendo seu corpo para cima do dele, mas Roberta se levanta e vai até a parede ao lado da porta.
-Nãão... –O jeito infantil a domina.

 A visão dele vai descendo pela camiseta branca que ela veste, passando pelo short azul claro e terminando nas pernas à mostra, lisas e claras. As mãos agarradas ao caderninho negro e uma expressão de menina levada.

–Achei que você não fosse de segredos...

-Eu não me importo que você veja, mas ainda não...

-Ok, ok... –Ele se levanta e caminha até ela. A põe literalmente contra a parede. –Eu não vou forçar... Mas nem uma espiadinha?

-Diego...

-Tá bom... –Ele a abraça e leva a mão levemente até o diário que ela tem sobre o peito.

 Roberta fica olhando temerosa, o que ele irá fazer, mas o namorado, sem retirar os olhos dos dela, pega o caderno e coloca dentro de uma gaveta do móvel ao lado e se volta a ela.

-Ei!! –Roberta se assusta assim que Diego a levanta nos braços.

 Ele, porém não faz nada além de sorrir, e se joga subitamente e junto com ela, sobre a cama. -Vou te dar mais histórias pra você escrever.

Os dois se olham com carinho e desejo. Tudo muito misturado e muito diferente se passava na mente de cada um deles. Eram assim em personalidade, talvez estivessem realmente longe apesar de muito perto, namorando pele a pele, calor a calor. Mas Roberta e Diego não pareciam ter um romance possível, mas por sorte o amor nunca se importou com o que julgamos ou não possível.



 Assim que Tomás acorda, percebe que Pedro não passou a noite na cabine e se preocupa ainda mais, principalmente por que no dia seguinte desembarcariam. Ele segue então para o café e se encontra com Carla e Alice, que estão ainda mais preocupadas.

-Polícia? –Tomás põe as mãos na cintura e vez ou outra esfrega o nariz como se estivesse resfriado. Era a tensão que tomava conta.

-Eles já estão buscando por ele, mas não tem nenhum registro em lugar nenhum. –Alice não sabe o que pensar. –É como se o Pedro nunca tivesse entrado nesse cruzeiro.

-Já avisaram a Beth?

-Ainda não, Tomás. –Carla se senta na cadeira do balcão com os braços cruzados. –Mas acho melhor a gente avisar...

-Estranho é que todas as coisas dele estão no quarto. –Tomás observa. –Parece que ele só levou o celular e uma muda de roupa.

-Pro Pedro isso é o suficiente, mas eu não acredito que ele iria fazer algo assim com a gente e me deixar com o coração na mão.

-Quem te deixou com o coração na mão Alice? –Diego chega de surpresa.

 Os amigos desolados e confusos começam a contar a ele toda a história, o que o faz entrar no mesmo estado aflitivo de preocupação.

-E é isso Diego. Agora a gente não sabe o que fazer, disseram que a gente só poderia esperar.

-Mas Tomás, isso é muito estranho, não faz sentido! 
-Eu sei Diego, em um momento ele tava com a gente e no outro não tava mais. 
 Os cinco continuam conversando, esperando que a qualquer momento chegasse alguma notícia de que o tivessem encontrado. 
 Estaria ele escondido no cassino? ou em alguma outra cabine? Estaria ele brincando ou realmente o sumiço era sério? 
 Não importa quantas perguntas surjam, as respostas estão realmente escassas. Nenhuma explicação parecia convincente e o aperto no peito continua até que aparece o segurança de Franco que havia os acompanhado na viagem.
 E no mesmo momento em que todos ocupam sua mente sem querer, algo realmente parece querer ser personificado nas mãos de Roberta. E o que mais pode personificar os sonhos que as palavras? Esses códigos que inventaram para que pudéssemos nos expressar parecem poder dar vida eterna aquilo que já passou. Somos perecíveis e fazemos com que algumas coisas nossas também sejam, quando não as eternizamos de alguma forma. É preciso criar um local em palavras, ou em imagens, ou mesmo em marcas para que fiquem depois de nós e não se percam. É a nossa vida.


"O Diego quis ler meu diário hoje..." -Roberta está sozinha na cabine. Ainda é muito cedo e ela resolve escrever um pouco antes do café. Na verdade a solidão é sempre uma boa companhia para essa atividade e a rebelde percebe isso.

"Disse a ele que poderia ler mas ainda não. Vamos ver se deixo ele ver essas palavras algum dia. (risos)
Mas deixa eu terminar o que comecei...
Como contei, Diego havia me feito um convite para passarmos um dia inteiro juntos e depois jantar. Eu só não esperava que ele me convidasse para me mudar para o quarto dele...

 No momento em que entrei e vi aquele lugar todo preparado com pétalas de rosa vermelha, com a luz baixa e todo romantismo possível, fiquei um pouco pasma. Acho que não esperava tanto mimo.
 Quando fiquei frente a ele, somente de lingerie, vi que o Diego não esperava por isso, ou que talvez esperasse qualquer coisa. Creio que já esteja acostumado com meu jeito imprevisível.
 Ele me abraçou muito apertado durante os beijos que a gente dava. Logo ele afrouxou os braços e se abaixou para me levantar pela cintura, tirando meus pés do chão. Fiquei sem ar e logo, antes que eu pudesse perceber, já estava na cama, com ele em cima de mim. Seu corpo pesava sobre minha barriga, sobre meu peito e juntamente com o beijo, ficava mesmo difícil de respirar. Era como se não pudesse me defender, eu era dele, mas não tinha medo nem queria me livrar disso. Pelo contrário, eu me deixava toda entregue a ele e às palavras que me dizia no ouvido, bem baixinho, como se alguém pudesse ouvir naquele quarto que era só nosso.
 A voz quente no meu ouvido me arrepiava e ele percebia isso. Como disse, o Diego está aprendendo sobre mim, aprendendo no meu corpo, nas minhas reações a ele.
 Acredito que aquela tenha sido a noite de amor mais longa que tivemos... Estamos aprendendo a prolongar isso, a ficar mais tempo em cada pequeno prazer e assim aproveitar muito mais o momento.

 Eu me deitei de bruços, estava um pouco frio ainda. Diego abriu as pernas sobre minhas costas e de joelhos sobre a cama, começou a me massagear. Havia um óleo muito cheiroso em suas mãos, que deslizavam sobre minhas costas. A palma da mão direita estava no fim da minha coluna enquanto a esquerda apertava meu ombro.
-Hum... Isso tá bom... -Eu fechei meus olhos e ele me beijou o lado da testa.
 Vez ou outra as mãos dele apertavam minha cintura. Sei que não era nada de massagem, era a vontade que eu sentia nele tão forte como em mim, mas ele resistia de um jeito que eu já nem estava conseguindo mais.
 Ao subir com a mão pelo meio das minhas costas ele teve que abrir meu sutiã para passar. Senti somente um destravamento sutil e um afrouxar abaixo dos seios. Logo as alças foram afastadas e senti a mão dele, inteira a me explorar.
 Foi nessa hora em que ele deitou sobre minhas costas e beijou o meu pescoço por muito tempo. As mãos varavam todo o meu corpo de um modo muito delicado, mas eu fiquei sentindo os dedos dele nas minhas coxas, nos meus braços e em cada contorno de mim como se ainda estivessem lá por mais tempo..."

 Roberta faz uma pausa sentada em uma cadeira ao lado da cama. Tem os pés descalços jogados nela e veste uma saída de praia branca sobre o biquíni verde. Pensava e repensava se realmente deveria escrever o que estava por vir. Estava ficando algo extremamente íntimo que talvez pudesse se tornar muito mais perigoso que um simples diário adolescente. Mas no fim ela não se importa e a vontade de continuar toma conta dela como se não pudesse evitar que a mão escrevesse.


"...O meu corpo todo já estava aquecido, pois claro, estava em todo o sangue que girava dentro de mim. Sentei de costas para o Diego e ele mordeu meus ombros, minha nuca, minha orelha... Até os fios de cabelo se arrepiavam com o calor daquela boca, mas o que mais me estremeceu foi quando, ainda de costas, ele acabou de descer as alças, já soltas, do meu sutiã..."

Outra vez ela para e relembra. Percebia o ar da nudez passando gelado em seu estômago ao ter as mãos dele em partes do seu corpo que só ela tinha acesso até pouco tempo. Não que fosse algo que não lhe desse um prazer sem explicação, mas era algo que ela ainda estava se acostumando, se adaptando. E assim ela fica por algum tempo, os olhos sem focalizar nada, um jeito inconsciente e concentrado em algo que nem ela mesma sabia o que.
-Ai, vamos continuar. -Roberta acorda e procura as linhas onde estava há poucos minutos.
 A página escrita até quase o fim naquele dia tinha um pouco de rabiscos do momento em que havia parado. A caneta de tinta azul parecia gravar algo que na história deles não seria mesmo desfeito. Estava deixando mais que viva as sensações que havia tomado conta da noite que tiveram e também as descobertas que a cada dia se tornavam mais encantadoras.






"... Eu às vezes fico com medo, que ninguém me escute, mas é verdade. Não tenho medo dele, nem do que temos, mas tenho medo de acordar. Sei lá, isso é muito estranho, mas eu tenho medo de que isso acabe, de que um dia não exista mais ‘nós dois’. O que não me impede de aproveitar cada segundo com ele...

 Sei que enquanto Diego tirava minha roupa, meu coração parecia vir até a garganta de tão forte que batia. Eu virei o rosto e comecei a beijá-lo de olhos trancados, apertando a nuca dele e sugando sua língua com força. Acho que quando beijo assim, ele perde todo o controle. Sinto que o toque fica mais forte, fica ansioso, não sei... Parece que ele vai surtar!
 Gosto de sentir que ele me quer e gosto de mostrar a ele que o quero. Nós temos isso muito forte um com o outro, acho que até nos olhando no dia-a-dia acabamos por mostrar isso. Que nos queremos todo o tempo desde o primeiro dia em que nos vimos.
 No primeiro dia em que eu vi ele no corredor, com aquele jeito de filhinho de papai, eu fiquei balançada, apesar de não querer admitir de jeito algum. Ele era tudo que eu repudiava, tudo que eu ridicularizava em um garoto. Só que alguma coisa diferente aconteceu e desde aquele dia eu não consegui tirar ele de mim... Eu expulsava a imagem dele da minha cabeça e ela voltava, eu dizia que não, que ele era um idiota, que não tínhamos nada a ver, mas ao mesmo tempo, eu me derretia pelo sorriso dele, pelo cheiro do perfume quando nos esbarrávamos no corredor, pela voz, por cada olhar indiscreto que ele tentava disfarçar. Sei que impliquei muito com ele, sei que esnobei e que tudo isso fez com que ele quisesse descontar. Nossa, como nos machucamos. Fiz ele sofrer e depois sofri com o desprezo dele, com as palavras duras que ele me dizia e principalmente com a indiferença. Mas tudo isso passou. Claro que depois que começamos a namorar tivemos muitos problemas, alguns muito sérios, mas superamos todos porque o que sentimos é verdadeiro, mesmo que alguns adultos nos achem jovens demais para amar. Parece que querem colocar idade pra tudo também!
 Só sei que estamos ainda mais unidos e mais certos do que queremos.
 Nossa primeira noite foi mágica. Não sabíamos muito bem o que estávamos fazendo, estávamos perdidos no corpo um do outro, mas fomos descobrindo e o amor dele me deixou muito tranquila. Não sei se era o momento certo, se era o lugar certo... Mas tenho certeza que ele era o cara certo. Não me arrependi de ter tido minha primeira vez com ele. O Diego foi muito carinhoso, aquela noite foi tão bonita... Depois daquela ainda ficamos juntos de novo, mas a desse cruzeiro foi diferente. Eu estou no quarto dele, me mudei pra cá! Não estamos escondidos nem precisamos mesmo nos esconder de ninguém, podemos namorar à vontade, sem ter que nos preocupar com quem vai chegar, somos só nós dois e todo o tempo do mundo.

 Houve um instante em que me sentei no colo dele, ainda de costas. Nos beijávamos devagar, mas um beijo molhado e que ia tão fundo que fazia meu rosto arder como se eu estivesse com febre. Uma das mãos dele firmava meu pescoço e a outra apertava meu abdômen.
 Logo depois eu comecei a retirar a calça dele. Nessa hora já estava sem camisa e sem os tênis. Nem me lembro como isso aconteceu, mas arrisco dizer que eu os tenha os tirado...”

 Roberta morde o lábio risonho e faz uma pausa na escrita. Suspira e recompõe as ideias para continuar...

Comentários

  1. garotaaaaaaa!!!! Você ainda me mata com essa escrita! eu quase cai da cadeira com esses detalhes, sem falar na falta de ar que eu senti, ainda bem que tem a advertencia no começo da pag. realmente, crianças não devem ler. Está perfeito!!! To amando, mas to super curiosa...CADE O PEDROOOOOOO????????????????
    Darly

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  2. Ai Aline, eu tô viciadaa na sua Web, ela ta me enfeitiçando ai ta mtmtmtmtmt boa...
    Esse diário da Rob's ta mtmttm perfeito.. E o Pedro cadê ele?? Ta mtmtmtmtmt perfeitoooooo

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  3. Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!! Posta o resto looooooooogoooooooooo!!!!!!!!! Please!!!!! :D

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  4. amei muito este capitula até me faltou o ar com o que você escreve... cara vc é demais morrendo de curiosidade... quero mais muito mais... perfeito demais adorei como vc retrata a roberta o diário o amor de DiRo e do reto da galera... fantástico tou sem palavras Uau...

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  5. pra mim a web novela é e está ficando cada vez mais interessante q rebelde,ainda mais agora que essa 2° temporada de rebelde tá um lixo.a web novela nunca esteve tão boa como agora!!parabéns Aline,as pessoas não te elogiam só por gostarem de RoDi mas também porque você é uma ótima escritora,sabe usar as palavras e tem um carreira brilhante pela frente,sem mais palavras para descrever!!!! by:May

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  6. Obrigada de verdade gente, essa web é mto importante p mim, eu faço com muito carinho.
    Ah, e se preparem p muitas novidades que tenho em mente p os próximos capitulos...
    Beijos ;)

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  7. Ja tentou fazer dessa web um livro?? Se não, vs tem q tentar pqq essa web é mtrmtmtmt boa.. Não tenho palavras

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  8. Aline!!!! tá tudo perfeito!!! só vc mesmo pra nos fazer sonhar tanto!!! bjksss (Scheila)

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  9. Muitooo liindo ameiii posta logo o 60 porfavor muitooooo anciosaa!!!

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  10. Aline assim vc me mata.
    Onde esta o Pedro?
    Alguem vai roubar o diario da Roberta?

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  11. me derreto toda só de imaginar.
    assim vc me mata essa historia ta d+

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