Pedro e Tomás ficam de cara fechada e braços cruzados.
-Não acredito que não deixaram a gente entrar!
-Cassino é só pra maiores de 18, né Tomás! Como eu não lembrei disso antes? -Pedro se aborrece.
-Que saco... Vamos embora!
-Ei garotos, querem entrar? -Um senhor muito elegante os aborda.
Roliço e asqueroso, com um cigarro aceso entre os dedos e uma careca redonda. Não amedrontava, mas era uma figura estranha até mesmo ridícula.
-É mas, não dá somos menores de idade. -Pedro se esquiva.
-Eu percebi... -O homem de terno os observa enquanto retira os óculos com um sorriso irritante. -Eu posso colocá-los lá dentro.
-Como? -Tomás se interessa.
-Ei! As meninas tão esperando a gente!
-Ah, Pedro, deixa de ser mala! É rápido não é senhor...?
-Dr. Bartolomeu! Muito prazer! -Ele estende a mão para Tomás que rapidamente o cumprimenta com um sorriso inocente.
-E o senhor vai ajudar a gente como?
-E em troca de que? -Pedro não larga a desconfiança.
-De nada, meus rapazes. Eu não gosto de frequentar o cassino sozinho e meus filhos não puderam vir comigo. -O velho junta as mãos e fica sério pela primeira vez. -Quero um pouco de companhia, nada mais.
-E a gente também, né Pedro? -Tomás está muito insistente.
-A gente tem companhia esperando, esqueceu?
-E elas podem esperar mais um pouco, ué!
-Vocês vem? -O homem oferece o apoio para entrar.
Tomás olha para Pedro com uma cara pidona enquanto olham adiante a entrada do cassino, como se fosse um portal para um novo mundo.
-Tá! -O rapaz se rende. -Vamos então... Mas é rápido, a gente conhece o lugar e sai!
Os três seguem até a portaria, onde Dr. Bartolomeu conversa com o segurança da portaria. Com duas palavras os dois ficam livres para que junto a ele adentrassem nesse mundo. O mundo da sorte! Onde o velho ditado é regra: "A banca sempre ganha."
Na volta, passando por entre as pessoas, Roberta e Diego conversam rumo ao salão principal, onde pensam encontrar os amigos para jantar.
-Nossa tem muito gringo aqui! -Diego observa.
-Verdade! Mas assim é que é bom, ninguém que a gente conhece pra nos vigiar...
-É isso aí! -Ele dá um selinho e os dois seguem de encontro a Alice e Carla que ainda estavam em muito boa companhia.
-E aí? -Roberta os cumprimenta.
As meninas param de conversar, porém não de rir, era de notar que estavam realmente se divertindo muito com os dois rapazes.
Pablo, o mais tímido, abre um sorriso ao ver Roberta e não desvia os olhos dela nem por um segundo.
-Deixa apresentar pra vocês. -Alice toma a frente. -Esses são Rodrigo e Pablo, são irmãos, vieram de Portugal pela quarta vez no Brasil.
-Muito prazer! Eu adoro Portugal!
-Você conhece? -Pablo puxa assunto e Diego fica reparando o jeito como ele a olha.
-Sim, eu fui uma vez nas férias... Conheci o Castelo do Queijo, eu e minha mãe adoramos tudo, nem queríamos ir embora!
-Você iria gostar muito de viver lá!
-E onde estão os outros? -Diego corta a conversa. -Eles não deviam estar aqui com as namoradas.
-Eles preferiram o cassino. -Carla cruza os braços mostrando estar decepcionada. -Então os meninos ficaram conversando muito agradavelmente conosco!
-Que nada. -Rodrigo sorri largamente. -Vocês é que são muito agradáveis.
As meninas estão encantadas com os dois e a conversa ainda parece render.
-Juntem-se a nós! -Alice Convida o casal.
-Você quer ficar? -Diego se vira para Roberta sem muita vontade.
-Fique. -Pablo olha direto nos olhos dela e a deixa desconfortável. -Seria um prazer.
-Bom...
-Roberta, você não tava com sono? -Ele não a deixa terminar.
-Eu?
-É, você me disse que tava!
-Quando? -Ela arregala os olhos.
-Vem, eu te levo até o quarto! Boa noite! -E praticamente a puxando pelo braço, Diego faz um bom percurso de cara amarrada, enquanto as meninas continuam no mesmo lugar, dando pouca importância ao ocorrido.
-Diego... -Roberta fala suave enquanto ele continua a sua frente em silêncio. -A gente não ia jantar?
-Quer jantar lá onde estão as meninas?
-Ah, o importante pra mim é jantar! -Ela brinca com o jeito sério do namorado.
-Você viu como aquele cara tava te olhando? Ele nem me viu ali!
-Deixa de ser bobo... -Roberta coloca os braços em volta do pescoço de Diego sorrindo.
-Ah, eu sou bobo?
-É sim... -Ela dá um beijo no canto de sua boca. -O bobo mais lindo do mundo!
Mas tranquilo Diego começa a ceder.
-Então vamos jantar?...
-Vamos?
-Mas não com eles, né?
-Claro que não! Hoje somos só eu e você...
-Diego... -Roberta fala suave enquanto ele continua a sua frente em silêncio. -A gente não ia jantar?
-Quer jantar lá onde estão as meninas?
-Ah, o importante pra mim é jantar! -Ela brinca com o jeito sério do namorado.
-Você viu como aquele cara tava te olhando? Ele nem me viu ali!
-Deixa de ser bobo... -Roberta coloca os braços em volta do pescoço de Diego sorrindo.
-Ah, eu sou bobo?
-É sim... -Ela dá um beijo no canto de sua boca. -O bobo mais lindo do mundo!
Mas tranquilo Diego começa a ceder.
-Então vamos jantar?...
-Vamos?
-Mas não com eles, né?
-Claro que não! Hoje somos só eu e você...
E conseguindo arrancar um pequeno sorriso de Diego, Roberta segue de mãos dadas com ele até o restaurante. Ainda estavam dentro da hora do jantar e era preciso aproveitar cada segundo daquela estadia.
-Você sabia que vai ter uma festa à fantasia? -Roberta comenta enquanto segura o copo com o drinque.
-Não. Sério?
-É! Parece que é amanhã!
Diego faz o pedido enquanto ouve o entusiasmo de Roberta com a festa.
-Vai ser demais, você trouxe fantasia?
-Hum... Não... -Ele pensa. -Mas o Tomás deve ter. Ele que gosta dessas coisas, deve ter trazido mais de uma fantasia.
-Eu to louca pra que chegue amanhã!
-E eu que hoje não acabe...
-É?...
-É... -Ele vai fazer um carinho. -Só pra gente poder...
-Olá! Achamos que vocês já haviam ido dormir! -Alice chega com os demais, interrompendo o clima do casal.
-Oi... -O jeito como responde frio e se afasta recostando na cadeira, denuncia a insatisfação de vê-los. Afinal, queria privacidade com Roberta.
-Podemos nos sentar com vocês? -Carla se aproxima na companhia dos dois garotos.
-Era isso que eu temia. -Diego fala de lado.
-O que?
-Nada não, Carla. Claro que podem...
Durante o jantar Pablo e Rodrigo são os destaques da mesa. A simpatia dos dois era impressionante. Conversam muito bem sobre todos os assuntos possíveis. Livros, cinema, música... Tudo estava na ponta da língua. Pablo era um ávido leitor, o que despertava um grande interesse da parte de Roberta em tudo que ele falava, o que deixou Diego de lado durante toda a noite.
Terminado o jantar, Diego leva Roberta pelo corredor até o porta de sua cabine.
-Você não disse uma palavra.
-Boa noite. -Ele lhe dá um beijo frio e segue a frente.
-Ei, o que você tem?
Diego dá meia volta e para de frente a ela.
-O jantar não me fez bem... -Diego é seco.
-Vai mentir pra mim?
-Quer saber? Eu me senti mal vendo você cheia de papinho com aquele cara! -Diego diz a verdade.
-Foi só uma conversa, nada demais!
-Ah, é? Nada demais? -Ele cruza os braços. -Não parecia nada demais pra uma conversa tão longa e eu lá feito bobo...
-Desculpa...
-Como é?
-É que quando eu converso sobre livros eu fico hipnotizada, eu devia ter te dado mais atenção, desculpa. -Roberta segura o dedo dele e balança seu braço, fazendo cara de criança.
-Ok... -Ele balança a cabeça e lhe dá um beijo um pouco mais demorado. -Eu não quero brigar. Amanhã a gente conversa.
Roberta o vê andar e virar o corredor. Sabe que ele ainda está chateado. Como inverter a situação agora?
Ela entra no quarto e senta na cama. Mexe com os dedos tirando um dos anéis que tinha uma coruja com olhos de strass.
Depois de por e recolocar no dedo algumas vezes distraidamente, ela se zanga e o atira no chão... Olha para a cama ao lado, onde Alice deveria estar e o sono não parece querer vir.
-Ah, que bobagem! Ciúmes de um cara que eu nem conheço ainda! -Ela fecha a cara e cruza os braços deitada sobre a cama, mas logo se levanta com um sorriso. -Já sei!
<<Cap 51 Cap 53>>
-Você sabia que vai ter uma festa à fantasia? -Roberta comenta enquanto segura o copo com o drinque.
-Não. Sério?
-É! Parece que é amanhã!
Diego faz o pedido enquanto ouve o entusiasmo de Roberta com a festa.
-Vai ser demais, você trouxe fantasia?
-Hum... Não... -Ele pensa. -Mas o Tomás deve ter. Ele que gosta dessas coisas, deve ter trazido mais de uma fantasia.
-Eu to louca pra que chegue amanhã!
-E eu que hoje não acabe...
-É?...
-É... -Ele vai fazer um carinho. -Só pra gente poder...
-Olá! Achamos que vocês já haviam ido dormir! -Alice chega com os demais, interrompendo o clima do casal.
-Oi... -O jeito como responde frio e se afasta recostando na cadeira, denuncia a insatisfação de vê-los. Afinal, queria privacidade com Roberta.
-Podemos nos sentar com vocês? -Carla se aproxima na companhia dos dois garotos.
-Era isso que eu temia. -Diego fala de lado.
-O que?
-Nada não, Carla. Claro que podem...
Durante o jantar Pablo e Rodrigo são os destaques da mesa. A simpatia dos dois era impressionante. Conversam muito bem sobre todos os assuntos possíveis. Livros, cinema, música... Tudo estava na ponta da língua. Pablo era um ávido leitor, o que despertava um grande interesse da parte de Roberta em tudo que ele falava, o que deixou Diego de lado durante toda a noite.
Terminado o jantar, Diego leva Roberta pelo corredor até o porta de sua cabine.
-Você não disse uma palavra.
-Boa noite. -Ele lhe dá um beijo frio e segue a frente.
-Ei, o que você tem?
Diego dá meia volta e para de frente a ela.
-O jantar não me fez bem... -Diego é seco.
-Vai mentir pra mim?
-Quer saber? Eu me senti mal vendo você cheia de papinho com aquele cara! -Diego diz a verdade.
-Foi só uma conversa, nada demais!
-Ah, é? Nada demais? -Ele cruza os braços. -Não parecia nada demais pra uma conversa tão longa e eu lá feito bobo...
-Desculpa...
-Como é?
-É que quando eu converso sobre livros eu fico hipnotizada, eu devia ter te dado mais atenção, desculpa. -Roberta segura o dedo dele e balança seu braço, fazendo cara de criança.
-Ok... -Ele balança a cabeça e lhe dá um beijo um pouco mais demorado. -Eu não quero brigar. Amanhã a gente conversa.
Roberta o vê andar e virar o corredor. Sabe que ele ainda está chateado. Como inverter a situação agora?
Ela entra no quarto e senta na cama. Mexe com os dedos tirando um dos anéis que tinha uma coruja com olhos de strass.
Depois de por e recolocar no dedo algumas vezes distraidamente, ela se zanga e o atira no chão... Olha para a cama ao lado, onde Alice deveria estar e o sono não parece querer vir.
-Ah, que bobagem! Ciúmes de um cara que eu nem conheço ainda! -Ela fecha a cara e cruza os braços deitada sobre a cama, mas logo se levanta com um sorriso. -Já sei!
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