Diego para Roberta chegando à sala de estar.
-Ei, pelo menos ela foi sincera!
-Ah, jura que você engoliu aquilo? -Roberta se joga no sofá e Diego ao seu lado.
-Não precisa esse ciúme, você sabe.
Roberta mira Diego com um olhar indignado.
-Eu não to com ciúmes, eu to com raiva! -Roberta se agita. -Com ódio daquela cobra, daquela falsa, daquela...!
-Ei calma... -Ele ri e segura seu rosto, achando tudo uma grande bobagem. -Deixa disso... Deixa ela... Eu amo você olhos lindos... Isso não vai mudar.
Diego beija aquele rosto ainda tenso, e aquela boca ainda trincada de raiva, fazendo-a amolecer aos poucos. Ele tinha um jeito todo especial para conseguir acalmá-la, quando segurava seu rosto e trazia para perto do dele.
Ela desfaz parte da marra e da expressão de fúria.
-Tá melhor?
Ela o olha e dá mais um beijo.
-Você sempre me deixa melhor...
Eles seguem juntos para a cantina. Tudo esquecido o dia agora passaria muito tranquilo. Ao menos é o que parece. As aulas seguem normais e nada, nada, parece interromper o voo dos pensamentos.
Mas o bosque escuro que construímos na mente, traduz aquilo que chamamos de medo.
Após sair da piscina, em plena tarde, Roberta caminha pelo jardim. Resolve entrar, porém uma placa indica que o corredor de acesso direto está interditado. Ela se recorda de que o diretor estava mesmo fazendo algumas reformas e segue algumas placas que indicam outro caminho. Passo a passo ela acaba indo parar em uma área do colégio onde não tem nem sombra de vida por perto, o que a deixa ainda mais nervosa. , Querendo sair logo daquele lugar que era desconhecido para ela até então, Roberta começa a apertar o passo à procura uma saída. Começa a transpirar de ansiedade. Olha para trás para ver se vê alguém e dá de cara um homem alto, todo de preto e encapuzado. Toda a lembrança do sequestro lhe vem à cabeça. A sensação é como a de um pesadelo, daqueles em que queremos correr, mas nossas pernas não tem forças, bate um desespero, a sensação de que não podemos reagir ao perigo.
-Vou te pegar!
Ao ouvir isso da voz sinistra daquele homem, Roberta corre desesperada e sem rumo, não percebe que depois de poucos passos já não havia ninguém atrás dela. Continua correndo e pede socorro. Não há alunos, nem serviçais por perto. Ela avança o máximo que pode voltando de onde tinha vindo. Ao ficar muito cansada ela tentar olhar para trás sem diminuir o ritmo, mas nisso não vê onde pisa. Em uma fração de segundo ela tropeça e cai na piscina. A cena é muito rápida, o barulho da água é forte e percebido por alguns que chegavam por ali. Com a adrenalina e o impacto sobre a água, ela desmaia.
Diego que a ouviu gritando por socorro, corre desesperado pelo jardim, olhando para todos os lados e para todos que via se aproximar. Não sabe de onde tinha vindo a voz que agora já não ouvia mais. Ele porém gela ao ver que Roberta bóia inconsciente na piscina.
Diego pula de roupa e tudo, sem pensar duas vezes. Nada até ela com o coração acelerado, busca virá-la e a segurando nos braços, tenta inutilmente fazer com que acorde.
-Roberta, por favor, fala comigo!
Pedro chega rapidamente e assustado ajuda o amigo.
-Ei, vem pra cá, que eu te ajudo a tirar ela!
Os dois a levam para fora da água, Roberta não reage um músculo sequer.
Diego então começa a reanimação enquanto as pessoas desesperadas, falam e levam as mãos ao rosto. Alguns correm em busca de ajuda, enquanto que outros vão trazendo mais alunos e vão se aglomerando em volta dos dois.
Duas tentativas e nada. Ele leva o ar de seus pulmões para os dela. Coloca toda sua vida naqueles segundos para trazê-la de volta. Segura o rosto inconsciente e inexpressivo, sentindo que vai morrer junto se não conseguir fazer com que ela abra os olhos novamente. Ele tenta uma terceira vez e por fim ela tosse. Diego consegue sentir o ar entrar nela tão forte quanto o alívio o tomava naquele instante.
Ela cospe a água e com os olhos muito arregalados, abraça Diego.
-Tudo bem, já passou... -Ele a segura forte e lhe beija o rosto, sentindo que Roberta treme compulsivamente. As lágrimas saem sem que possa conter.
Enquanto se abriga nele, ela olha ao redor como se procurasse alguém, tenta entender o que acontece. Metade do Elite Way está ali a olhar para ela. Alguns preocupados, outros confusos ou curiosos.
Os momentos loucos, difíceis, alegres e tensos são o que tornam a existência o que chamamos de vida. Estar na terra não é igual a viver. Existe um abismo separando essas duas coisas. Uma pedra está na terra e ela não vive.
A prova de que não existem vidas mais fáceis que outras é a impossibilidade de ser auto-suficiente. Existem aqueles que falam e aqueles que lutam, daí a falsa impressão de felicidade que não existe plenamente em nenhum lugar. É preciso aceitar que precisamos sempre mais.
Na casa de Eva, um diálogo começa entre Franco e os rebeldes enquanto no quarto Roberta é examinada por um médico acompanhada da mãe.
Eles contam tudo sobre o susto no porão, sobre a maneira estranha como ela estava agindo após o sequestro e as supostas "paranóias" como dizia Alice.
-Ela nem quis viajar pra me ver na competição...
-E a Roberta adora viajar! -Pedro completa Carla.
-De que viajem vocês estão falando?
-Bom Franco, eu estou participando de uma competição de dança a nível nacional, a segunda fase é em São Paulo e eu queria que meus amigos fossem...
-Eu aprovo a viagem.
-Eu aprovo a viagem.
Carla e os outros não acreditam no que ouvem. Somente Diego fica na base da escada, sem sequer perceber o assunto.
-Sério pai?
-Sério Alice. Acho que depois de tudo que a Roberta passou, ela tá precisando respirar um novo ar, longe daqui e com os amigos. -O pai de Alice, se mostra preocupado com a enteada.
O médico desce as escadas e Diego nem espera ele respirar.
-Como ela tá?
-Ela está bem meu rapaz.
-Posso ver ela?
-Pode sim, mas procure não agitá-la. Ela precisa de tranquilidade.
Diego mal espera que o médico termine de falar e sai correndo escada à cima, rumo ao quarto da namorada. Ao bater na porta, Eva o recebe agitada.
-Ai, Diego, que bom que é você! Vê se põe juízo na cabeça dessa menina, ela não quer ficar na cama!
A cantora tinha acalmado o choro e já estava perdendo o controle sobre o excesso de preocupação que havia acumulado. Vê que é melhor sair e os deixar sozinhos. Talvez o namorado conseguisse o que ninguém mais conseguia.
Diego caminha e se senta na cama onde Roberta está com as pernas esticadas e escoradas na cabeceira, não queria se deitar. O robe negro ressalta os olhos vivos que o recebem desconcertados. Ela não sabe o que dizer, nem o que responder a ele. Seria um tormento tentar.
Ele permanece calmo e quieto. Escorrega a mão sobre o lençol até segurar a dela que seguia ao lado das pernas. Talvez nenhuma palavra precisasse mesmo ser dita.
Ela olha para sua mão segura na dele e depois mira seu rosto que não desvia o olhar dela. Parece que ele sabe que uma sílaba seria demais nesse momento.
Diego vira e deita ao seu lado, na cabeceira da cama. Ele a trás ao peito sem resistência, onde ela permanece fechada em seu abraço. Ele beija sua testa e acaricia seus braços. Sobe os dedos que entram navegando em seus cabelos, contante e sem nada a acrescentar por um tempo que não se conta.
Na sala da mansão, todos esperam ansiosos até que Diego desce.
-E aí? Ela te contou alguma coisa? -Franco se levanta rápido e Eva vai junto.
-Não.
-Mas como? -Eva não acredita. -Esse tempo todo e ela não te disse nada?
-Não, eu não perguntei. -Diego mal se altera.
-Porque não, Diego? Você é o único pra quem ela pode contar!
-Eu sei Alice.
-Então.
-Ela precisa de mim. Eu não preciso saber de mais nada por enquanto.
Todos o olham admirados. Acabam por entender que a curiosidade deles estava sendo maior que o bem estar dela. Só Diego não havia seguido isso. Havia entendido primeiro o que era prioridade.
-Ela tá mais tranquila? O médico passou uns remédios se ela não conseguisse dormir e...
-Eu deixei ela dormindo... E agora eu já vou.
-Nós vamos com você. -Pedro,Tomás e Carla seguem o amigo.
Ao vê-los sair, todos resolvem refrescar a mente, deixando que um novo amanhecer possa contar o segredo que só uma pessoa seria capaz de revelar. E se quisesse revelar.
Enquanto isso, no quarto 16, fugidos da confusão instalada no colégio, uma reunião continua.
-Ai meu Deus!!! E se ela morrer? -Pilar fica agoniada.
-Nossa, será que eu teria tanta sorte?!- Marina cogita a probabilidade com um sorriso frio.
-Pra mim já chega!- Binho se revolta. -Acabou a palhaçada! Eu não vou mais fazer parte disso!
Marina se enfurece vendo-o levantar.
-Olha aqui vocês dois! Hoje foi só o princípio de tudo. E agora não podem mais voltar atrás.
-Eu achei que você só fosse...
-O que Pilar? -Marina percebe como a garota está descontrolada. -Achou que era uma piada é?
-Eu achei sim!
-É, eu também... -Marina caçoa. -Mas saiu melhor que a encomenda não é? Mas agora estamos todos no mesmo barco. Eu sou a capitã aqui e ninguém sai se eu não mandar! Lembrem-se que aqui todo mundo é culpado.
Ela levanta rumo a porta velha de madeira. Caminha calmamente. O rosto calmo como se tivesse a consciência mais limpa que de qualquer um ali.
-Vamos sair daqui, temos de compartilhar do desespero dos outros ou desconfiarão da gente.
Pilar a olha assustada e Binho com um ódio nítido. Mas ela nem se abala. Os três deixam o quarto e seguem para a sala onde está o maior alvoroço.
-Será que ninguém vai dar uma informação pra gente?
-Ai, Maria deixa de ser fofoqueira, eu sei que você nem tá preocupada com ela!
-Ah, é claro! A garota enlouqueceu! Quero saber em que manicômio jogaram ela! E você deve saber Márcia, afinal seu irmão é namorado dela! Ai que desperdício. -Maria sonha.
-Desperdício é se ele estivesse com uma...
-Ei, ei, ei! Que confusão é essa? -Jonas chega na sala e os alunos continuam no alvoroço.
-Como tá a Roberta? -Márcia se aproxima com Téo e todos acompanham perguntando muitas coisas ao mesmo tempo e sem parar.
-Quietos! Quietos todos vocês! -Jonas perde a paciência e grita fazendo com que todos se calem.
-A Eva ligou e ela já está bem. Mas não deve voltar o resto da semana. Agora todos para seus dormitórios, acabou a baderna. Não quero mais ouvir ninguém tocando nesse assunto.
Marina, Binho e Pilar se olham em cumplicidade. Pilar se sente culpada enquanto que os outros dois disfarçam muito bem.
E agora o momento é de dormir e esquecer. Isso para quem consegue um pouco de paz vinda da falta de escrúpulos ou da verdadeira pureza de consciência. Coisa que a maioria conseguiu preservar.
Logo pela manhã, Eva que não havia dormido muito bem, segue com Franco para a mesa da cozinha.
-Ai bebê, ela não fala comigo! Não me diz o que aconteceu!
-Deixa que essa viagem no fim de semana vai ajudar ela a se acalmar e vai ficar mais segura pra falar.
-Eu sei, mas... -Eva para ao ver Roberta tomando café distraída.
-O que foi gente? -A rebelde os vê chegar.
-Você não devia estar na cama mocinha?
-Eu dormi muito e já to bem. Além disso eu precisava falar com você.
Roberta parece muito decidida e Franco se põe a ouvir.
-É sobre o que aconteceu?
-É sobre a viagem. Eu quero ir hoje.
CRÉDITOS: Darly
Agora eu fiquei tensa!! posta logo por favor!! (Scheila)
ResponderExcluirMel dels mgto mto bom!!! To loka pra ver as novidades du proximo cap.bjoxx
ResponderExcluirtomare que a marina exploda se erre ou qualquer coisa quero que ela se ferre
ResponderExcluirAiiiiii Ficou mara!!!
ResponderExcluirNão me de créditos, o trabalho é todo seu, só dei a ideia....
Ta muito bom, vc realmente faz milagre com os rascunhos que te mando....
Darly
VAMOS COMBINAR GALERA, TA MELHOR QUE A NOVELA....
ResponderExcluirDARLY
Muitoooo BOooooommmmmm
ResponderExcluirMaisss por favorrr hein
Tah Perfeita
Posta mais pfpfpfpfpf
ResponderExcluirAmooooo essa web Sz
ResponderExcluirQueroo mais por favor posta o mais rapido possivel.
By: daniele
vc n vai postar hj eu to ansiosa para ver os prosimos capitolos e quando comesar a segunda temporada
ResponderExcluirQueria que o diego namorasse com a marina só pra ver a roberta admiti que tem ciumes dele , 44 urgenteee :)
ResponderExcluir- Leticia amaral.