Perder o controle da situação. Essa é a sensação que os dois tem neste exato momento. É pior estar perdido do que ter perdido, talvez não seja uma filosofia muito inteligente, mas com certeza é algo que a maioria concorde. Afinal, o perdido muitas vezes não tem consciência disso, enquanto que quem perde não consegue se aliviar tão facilmente.
Roberta e Diego saem com agilidade rumo ao corredor.
-Mas como? Não podem ter sumido!
-A porta tava aberta!
-Mas Diego, eles não sabem andar, como iriam sair?
-Bom, eles estavam começando a engatinhar...
-Mas já? Então a gente tem que encontrar eles!
-Faz assim, eu vou pela esquerda e você pela direita, quem encontrar algum deles avisa o outro!
-Ok!
Os dois se separam e começam a vasculhar quartos, banheiros, sala, cozinha... Tudo!
Mas a mansão dos Maldonado é tão grande que quanto mais procuram, mais tem a impressão de que não procuraram nada.
-Ai Diego eu desisto! -Ela o encontra no corredor e exaustos eles retornam ao quarto. -É melhor a gente falar logo com a Sílvia.
-Não, ela vai ficar louca!
-Mas ela é a mãe, deve conseguir encontrar.
-O que? Você acha que ela tem ter um radar ou coisa parecida? -Diego acha tempo para piada.
-E aí meninos como estão indo? -Sívia entra no quarto de repente deixando o casal sem saber o que dizer.
-Sabe o que é... A gente...
-Eu queria dizer que estou muito orgulhosa de vocês. Diego cuidou direitinho dos irmãos.
O rebelde dá um sorriso sem graça. Afinal tinha cuidado tão direito que os tinha perdido.
-E você também Roberta, me surpreendeu sabia? Nunca imaginei que fosse cuidar de criança, mas aceitou numa boa e fez tudo que eu disse pra fazer.
-É... -Roberta também fica sem jeito.
-Queriam me falar alguma coisa? -Sílvia sorri satisfeita, mas percebe que está faltando algo. -Cadê as crianças?
-Elas... Bom... -Diego se enrola.
-Sabe o que é, a gente...
Quando Roberta estava decidida a contar a verdade um bracinho gordinho surge debaixo da cama.
-A seu safadinho! Tá brincando é? -Sílvia se abaixa e tira o bebê debaixo da cama, logo atrás dele outro rostinho ponta sorridente.
-Não acredito que eles estavam aí o tempo todo! -Roberta cochicha com Diego.
-A gente esqueceu de procurar aqui! Se esconderam enquanto a gente...
-Tudo bem pessoal? -Sílvia percebe a agitação.
-Tudo! -Eles respondem juntos, disfarçando e respirando aliviados.
-Eles deram muito trabalho?
-Que nada! Dois anjinhos! -Roberta declara exagerada.
-Sei... -A mãe das crianças ri, colocando os filhos para dormir. Sabe o quanto de trabalho eles devem ter dado, ou melhor nem sabe o tanto que deram, mas faz uma ideia.
O sono tranquilo das crianças com o cair da tarde vai enternecendo os olhares de Roberta e Diego que perto do berço os observa.
Ele a olha e faz um sorriso leve, logo volta a olhar os gêmeos que dormem no berço.
A namorada o observa encantada, lhe dá um beijo no rosto e o leva pela mão até a saída do quarto, onde Sílvia os espera contente.
-A gente já?...
-Sim Roberta. Vocês estão liberados e obrigada por tudo. Espero que tenham aprendido um pouco sobre o que é responsabilidade.
-Com certeza! -Diego abaixa a cabeça e brinca erguendo as sobrancelhas.
-Bom, então eu vou pra casa...
-O motorista te leva.
-Eu posso ir junto? -Diego olha para a madrasta apreensivo.
-Hum... -Ela tenta se fazer de difícil. -Tá bom... Eu falo com seu pai.
Após abrirem um sorriso, eles voltam para casa de Eva. O cansaço e a vontade de ficar em em um lugar que houvesse silêncio era maior que qualquer coisa.
Diego se estica no sofá e Roberta deita a cabeça em seu colo sobre uma almofada. Eles estão com muito sono.
Ele retira o cabelo dela do rosto e passa para trás, descobrindo pescoço e ombros. Faz um cafuné distraído enquanto ninguém os interrompa.
-É tão bom quando ficamos assim...
-Verdade...
-Eu não imaginava que você fosse aceitar cuidar de criança.
-Eu faço qualquer coisa pra ficar perto de você...
-Ah... -Ele desce com um abraço e lhe beija o ombro. -Mesmo assim... Não combina muito com você.
-Porque? Eu não sou uma rocha! -Ela vira todo o corpo para cima descontente.
-Não, claro que não... Você não me engana... -Ele acaricia o rosto dela enquanto a descreve. -Você se veste de roqueira, faz pose, tenta botar medo... E consegue muitas vezes! -Ele ri. -Mas eu sei o que está por trás disso tudo.
-Ah é? E o que seria?
Ele observa os olhos dela brilhando em sua direção. E satisfeito por ter dela olhares e sorrisos, completa a descrição com um jeito muito especial.
-Você é doce... Carinhosa... -Ele respira mais fundo. -É meiga... Companheira... Sensível... E sei que não admitiria pra mais ninguém...
Roberta desvia o olhar que segurando seu queixo, Diego trás de volta.
-Mas tem uma coisa que é ainda muito melhor.
-O que?
-É minha...
Diego e Roberta se sintonizam, parecem estar longe, olham um para o outro e parecem ler um segredo dentro dos olhos um do outro que ninguém mais saberia ler.
Ao vê-lo descer o rosto sobre o seu, ela se deixa beijar e até anseia a chegada. Sabe que o ele que diz é verdade. Era totalmente dele e não negaria. Recebe seu corpo, seu abraço, sua saliva, sua maneira de aprisioná-la e seu jeito de devorar com reciprocidade. Queria ser tudo aquilo para ele e por ele. Pois no fundo de sua alma era uma mistura de tudo que havia dito e um pouco mais, afinal são tantas coisas que os seres humanos conseguem ser e ter ao mesmo tempo... É melhor aceitar que ninguém a conhece assim tão bem como ele. De um jeito diferente de qualquer outra pessoa que a conhecia há mais tempo. Era diferente por ser uma ligação mais íntima, estreita, em um lugar dentro dela e dentro dele onde chegavam sem mapa. Algo que não compreendiam bem, mas que se explica no fato de que poderia acabar o mundo nesse momento, que tudo estaria bem, pois estavam juntos.
A volta das horas, dos dias, do fim de semana e das lembranças que com elas esfriam, vem para tornar a história das vidas essa constante roda viva que só para uma vez e para sempre. Trágico não?
Só uma coisa esquenta as mentes dos rebeldes agora: A viagem para São Paulo!
Carla havia passado a fase no Rio, todos estavam orgulhos dela, e já estavam preparando tudo para a viagem. Porém algumas coisas ainda poderiam acontecer até esse dia chegar.
(Obrigada Darly, sem ela eu não tinha terminado hoje! Muita correria, muito sono... blá, blá, blá! Beijo amigos até o 42)
<<Cap 40 Cap 42>>
Roberta e Diego saem com agilidade rumo ao corredor.
-Mas como? Não podem ter sumido!
-A porta tava aberta!
-Mas Diego, eles não sabem andar, como iriam sair?
-Bom, eles estavam começando a engatinhar...
-Mas já? Então a gente tem que encontrar eles!
-Faz assim, eu vou pela esquerda e você pela direita, quem encontrar algum deles avisa o outro!
-Ok!
Os dois se separam e começam a vasculhar quartos, banheiros, sala, cozinha... Tudo!
Mas a mansão dos Maldonado é tão grande que quanto mais procuram, mais tem a impressão de que não procuraram nada.
-Ai Diego eu desisto! -Ela o encontra no corredor e exaustos eles retornam ao quarto. -É melhor a gente falar logo com a Sílvia.
-Não, ela vai ficar louca!
-Mas ela é a mãe, deve conseguir encontrar.
-O que? Você acha que ela tem ter um radar ou coisa parecida? -Diego acha tempo para piada.
-E aí meninos como estão indo? -Sívia entra no quarto de repente deixando o casal sem saber o que dizer.
-Sabe o que é... A gente...
-Eu queria dizer que estou muito orgulhosa de vocês. Diego cuidou direitinho dos irmãos.
O rebelde dá um sorriso sem graça. Afinal tinha cuidado tão direito que os tinha perdido.
-E você também Roberta, me surpreendeu sabia? Nunca imaginei que fosse cuidar de criança, mas aceitou numa boa e fez tudo que eu disse pra fazer.
-É... -Roberta também fica sem jeito.
-Queriam me falar alguma coisa? -Sílvia sorri satisfeita, mas percebe que está faltando algo. -Cadê as crianças?
-Elas... Bom... -Diego se enrola.
-Sabe o que é, a gente...
Quando Roberta estava decidida a contar a verdade um bracinho gordinho surge debaixo da cama.
-A seu safadinho! Tá brincando é? -Sílvia se abaixa e tira o bebê debaixo da cama, logo atrás dele outro rostinho ponta sorridente.
-Não acredito que eles estavam aí o tempo todo! -Roberta cochicha com Diego.
-A gente esqueceu de procurar aqui! Se esconderam enquanto a gente...
-Tudo bem pessoal? -Sílvia percebe a agitação.
-Tudo! -Eles respondem juntos, disfarçando e respirando aliviados.
-Eles deram muito trabalho?
-Que nada! Dois anjinhos! -Roberta declara exagerada.
-Sei... -A mãe das crianças ri, colocando os filhos para dormir. Sabe o quanto de trabalho eles devem ter dado, ou melhor nem sabe o tanto que deram, mas faz uma ideia.
O sono tranquilo das crianças com o cair da tarde vai enternecendo os olhares de Roberta e Diego que perto do berço os observa.
Ele a olha e faz um sorriso leve, logo volta a olhar os gêmeos que dormem no berço.
A namorada o observa encantada, lhe dá um beijo no rosto e o leva pela mão até a saída do quarto, onde Sílvia os espera contente.
-A gente já?...
-Sim Roberta. Vocês estão liberados e obrigada por tudo. Espero que tenham aprendido um pouco sobre o que é responsabilidade.
-Com certeza! -Diego abaixa a cabeça e brinca erguendo as sobrancelhas.
-Bom, então eu vou pra casa...
-O motorista te leva.
-Eu posso ir junto? -Diego olha para a madrasta apreensivo.
-Hum... -Ela tenta se fazer de difícil. -Tá bom... Eu falo com seu pai.
Após abrirem um sorriso, eles voltam para casa de Eva. O cansaço e a vontade de ficar em em um lugar que houvesse silêncio era maior que qualquer coisa.
Diego se estica no sofá e Roberta deita a cabeça em seu colo sobre uma almofada. Eles estão com muito sono.
Ele retira o cabelo dela do rosto e passa para trás, descobrindo pescoço e ombros. Faz um cafuné distraído enquanto ninguém os interrompa.
-É tão bom quando ficamos assim...
-Verdade...
-Eu não imaginava que você fosse aceitar cuidar de criança.
-Eu faço qualquer coisa pra ficar perto de você...
-Ah... -Ele desce com um abraço e lhe beija o ombro. -Mesmo assim... Não combina muito com você.
-Porque? Eu não sou uma rocha! -Ela vira todo o corpo para cima descontente.
-Não, claro que não... Você não me engana... -Ele acaricia o rosto dela enquanto a descreve. -Você se veste de roqueira, faz pose, tenta botar medo... E consegue muitas vezes! -Ele ri. -Mas eu sei o que está por trás disso tudo.
-Ah é? E o que seria?
Ele observa os olhos dela brilhando em sua direção. E satisfeito por ter dela olhares e sorrisos, completa a descrição com um jeito muito especial.
-Você é doce... Carinhosa... -Ele respira mais fundo. -É meiga... Companheira... Sensível... E sei que não admitiria pra mais ninguém...
Roberta desvia o olhar que segurando seu queixo, Diego trás de volta.
-Mas tem uma coisa que é ainda muito melhor.
-O que?
-É minha...
Diego e Roberta se sintonizam, parecem estar longe, olham um para o outro e parecem ler um segredo dentro dos olhos um do outro que ninguém mais saberia ler.
Ao vê-lo descer o rosto sobre o seu, ela se deixa beijar e até anseia a chegada. Sabe que o ele que diz é verdade. Era totalmente dele e não negaria. Recebe seu corpo, seu abraço, sua saliva, sua maneira de aprisioná-la e seu jeito de devorar com reciprocidade. Queria ser tudo aquilo para ele e por ele. Pois no fundo de sua alma era uma mistura de tudo que havia dito e um pouco mais, afinal são tantas coisas que os seres humanos conseguem ser e ter ao mesmo tempo... É melhor aceitar que ninguém a conhece assim tão bem como ele. De um jeito diferente de qualquer outra pessoa que a conhecia há mais tempo. Era diferente por ser uma ligação mais íntima, estreita, em um lugar dentro dela e dentro dele onde chegavam sem mapa. Algo que não compreendiam bem, mas que se explica no fato de que poderia acabar o mundo nesse momento, que tudo estaria bem, pois estavam juntos.
A volta das horas, dos dias, do fim de semana e das lembranças que com elas esfriam, vem para tornar a história das vidas essa constante roda viva que só para uma vez e para sempre. Trágico não?
Só uma coisa esquenta as mentes dos rebeldes agora: A viagem para São Paulo!
Carla havia passado a fase no Rio, todos estavam orgulhos dela, e já estavam preparando tudo para a viagem. Porém algumas coisas ainda poderiam acontecer até esse dia chegar.
Marina se aproxima de Diego na biblioteca quanto ele estuda na mesa ao fundo. É quase noite e está todo mundo na sala.
- Posso falar com você?
Diego olha pra ela ainda chateado com o que aconteceu, mas como já havia se passado algumas semanas, resolve dar uma chance.
- Se for para falar a verdade... - Ele aponta para a cadeira à sua frente.
- Olha, sei que pisei na bola. –Ela se senta. -Mas sinto falta da sua amizade, das nossas conversas... - Ela baixa a cabeça olhando de lado, se fazer de coitada era muito comum para ela.
- Você quase acabou com meu namoro, eu amo a Roberta e nada vai mudar isso!
- Eu sei, eu pensei em tudo que você disse, fiquei louca da vida com o que você fez comigo, mas depois entendi que eu merecia, eu fui muito má, estou muito envergonhada. –As lágrimas começam a escapar dos olhos de Marina.
Diego não suportava ver ninguém chorar e fica com pena, afinal todos tem o direito de errar, e se arrepender, mas ele estava enganado, Marina não estava arrependida, ela simplesmente resolveu esconder suas armas temporariamente.
- Ok! – Quando ela diz isso Marina abre o maior sorriso do mundo.
- Diego eu juro que...
- Não! –Ele interrompe. -Não jura nada que ainda é muito cedo. Eu confiei demais em você sem te conhecer direito, não vou mais cometer esse erro, então vamos com calma, tá?
Ela faz uma cara daquelas que cachorrinho faz ao cair da mudança. Concorda balançando a cabeça. E se retira ainda em tom de quem pede misericórdia.
Roberta chega e para na porta ao ver Marina saindo. Ela olha de cara amarrada enquanto Marina se faz de arrependida. Segue em direção a Diego esperando uma explicação.
-Ela só veio me pedir desculpas.
- E... –Roberta senta ao seu lado.
- Ah, eu desculpei. –Diego tenta se explicar. -Ela tava quase chorando...
-Crocodilos também choram enquanto atacam suas presas sabia? –Ela se irrita. -Diego como você foi?...
Ele vê o quanto aquele assunto pode render, mas só quer fazer uma coisa desde que a viu entrar. Então puxa Roberta para o colo, impedindo que continue. Começa a beijar seu pescoço, deixando-a mole e sem vontade de discutir o assunto. Era incrível como bastava ele tocar nela para fazê-la esquecer qualquer coisa.
- Isso é covardia. – Ela se rende enquanto ele acaricia suas costas.
- Vamos sair daqui antes que nos peguem?
-Agora! -A rebelde pula e o puxa pela mão.
Eles decidem ir até o porão, aproveitando que neste horário está vazio.
(Obrigada Darly, sem ela eu não tinha terminado hoje! Muita correria, muito sono... blá, blá, blá! Beijo amigos até o 42)
<<Cap 40 Cap 42>>
VOU COLOCAR A MARINA E A LUCY EM UM FOGUETE PRA MARTE.KKKKKKK
ResponderExcluirthais
EU CONCORDO COM VC, MAS DÁ UM JEITO DO FOGUETE ESPLODIR NO CAMINHO...RS
ResponderExcluirMeu povo! o que seria das historias se nao fossem os viloes? afinal rimos bastante quando a Marina tomou um banho de lama, que sabe na proxima a Roberta nao joga ela todinha la dentro?!kkkkkkkk
ResponderExcluirAmeiiiiiiiiiii o capitulo!!!
Darly
nossa muito legal naum vejo a hora do cap 42
ResponderExcluirCadê o 42 sai quando?
ResponderExcluirOiii,
ResponderExcluirRoberta e Diego sempre lindos!!! Agora, essa Marina tá merecendo apanhar viu?! (Scheila)
Aline, a parte 42 sai quando?
ResponderExcluirResponde por favor!!!
Não vai dar pra postar hoje tive problemas um pouco graves, vou postar amanhã, me desculpem. bjus
ResponderExcluirDesculpada! Mas eu to loca pra saber o que vai acontecer.
ResponderExcluirA parte 42 dai guando? eu to louca pra ler bota logo...
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