Diego ouve e mal acredita. Atravessa a porta como um raio após os poucos instantes que a ligação havia durado.
Desce as escadas e não é percebido, mas nem se importa nesse momento. Ele volta a fazer a mesma fuga da noite anterior, não está nem um pouco arrependido, e tanto faria tudo de novo que estava fazendo. Porém desta vez pediria ajuda.
Nada poderia dar errado, a vida de quem amava estava em jogo. Era tudo ou nada.
Inquieta, Roberta tenta soltar as mãos das cordas que desde mais cedo estava desfiando em um prego. A velha cabana, tinha o chão coberto de palha seca e poeira. A rebelde ainda de olhos vedados, estava deitada em um colchão pequeno em um canto, perto de uma mesa. O frio começava e o pé, apesar dos cuidados que havia recebido, ainda doía. O homem, que havia feito esses cuidados, e que era no mínimo cúmplice da mulher, já não estava no local.
Roberta percebia por que tudo estava muito calado. O pouco tempo que esteve ali com o tal homem, pode perceber o quanto era desajeitado. Vivia sempre falando sozinho e derrubando as coisas. Restava saber se estava sozinha.
Ao levantar o rosto, ela percebe que a fita que lhe impedia a visão começa a se soltar no canto direito do olho. Apesar de um pouco embaçado, ela vê que uma mulher com pouco mais de vinte anos, vestindo um jeans e uma camiseta vermelha. Está dormindo de costas para ela no outro canto do cômodo. O rabo de cavalo amarrado frouxo, deixava o cabelo negro e comprido cobrir o chão.
Roberta arrebenta o resto da linha da corda já estava bem desfiada e retira a fita dos olhos. Existe pouca luz no local.
Ela pisa devagar. Os pés haviam sido desamarrados mais cedo, para que fossem feitos os curativos, e talvez por pena o cara não quisesse lhe provocar mais dor pressionando uma corda sobre um pé torcido a deixando então livre.
A madeira seca ringe conforme ela prossegue escorada na mesa. A cabana estava construída no alto e pelos buracos na madeira era possível ver o chão que apesar de ser madrugada estava claro pela iluminação que o céu doava. Ao chegar enfim à porta, ela nota que está fechada com um cadeado. O coração acelerado não sabe se volta ou se procura outra saída. Olhando em todos os cantos ela não vê nada parecido com uma chave e logo fica temendo despertar a mulher, que sob o travesseiro, revela agora uma arma.
Alice e Carla saem de fininho. Com tudo que estava acontecendo não haviam sido obrigadas a irem para o colégio, mas despistar Eva e Franco não havia sido fácil, ninguém dormia naquela casa e foi preciso um drible muito bem feito.
-Como vocês demoraram!
-Ai, Tomás, a gente teve que esperar uma brecha pra poder escapar.
-Ai, acho que a gente chamar a polícia! -Alice fica nervosa.
-O Diego disse que havia avisado, mas que não iria esperar. -Pedro informa os amigos. -Vamos lá, pro lugar onde ele disse. A essas horas ele deve estar longe.
Em sua sala, em plena madrugada, Jonas ouve a denúncia e não acredita.
-Mas agora ele passou de todos os limites. Não vai ter jeito, eu vou ter que entregar o Fábio às autoridades. Obrigada pela informação e fique tranquila, tudo será mantido em sigilo.
-Eu só fiz o que achava certo. Eu ouvi o Binho conversando no celular e não tive dúvidas de que estava falando com marginais sobre o sequestro. Fiquei sabendo pelo Diego que ele já havia feito algo parecido antes e até usado de um "boa noite cinderela".
-Sim, esse rapaz é obcecado pela Roberta. Só não imaginei que chegasse a esse extremo. -Jonas pensa longe. - Mas não se preocupe. -Ele está certo da decisão. -E mais uma vez, obrigada por sua colaboração Marina.
Com um aspecto amedrontado, Binho observa a menina sair da sala de Jonas, mas antes que possa abordá-la, Juju e Sosô vem até ela curiosas e o garoto é obrigado a recuar.
Completamente eufóricas elas praticamente arrastam Marina com elas, a enchem de perguntas.
-Desculpa gente, eu não posso falar. É muito arriscado, espero que entendam.
-Ah, não pode contar nada? A gente não conta pra ninguém!!
Indecisa a menina acaba ficando e contando tudo para as duas que escutam de queixo caído. Não é difícil imaginar que depois todos já estavam sabendo que Binho era o culpado pelo sequestro de Roberta.
-Ah, eu não acho que foi ele. -Pilar comenta na sala de estar.
-Deixa de ser boba, ele é um marginal! -João chega na sala.
Todos começam a discutir e opinar, a maioria, claro acreditava que ele fosse mesmo o culpado.
-Mas onde ele tá?
-Fugiu Pilar. Pra você ver o quanto ele é inocente! Foi só chamar a polícia que ele pegou as coisas do quarto e deu no pé.
Ninguém sabe o que é certo ou não, porém a dúvida não é os maior problema à essa altura do campeonato.
As pernas que não descansam na correria já no amanhecer do dia, parecem nem perceber o cansaço depois de tanto tempo de caminhada. Diego sabia pelo telefonema de Marina, onde deveria encontrar Roberta.
-Ela disse que eles deixariam ela livre à noite. -Pensa ele. -Onde será que ela tá?
Diego pega o celular para tentar um sinal, mas não consegue. O lugar onde está não é o mesmo onde havia procurado da outra vez. Era um local baixo, longe da praia e pouco frequentado para acampamentos e trilhas.
Ao ouvir chamarem seu nome ele fica atento.
-Pedro? -Diego corre até uma pedra alta e tenta avistar. Percebe que o amigo está acompanhado de três policiais com lanternas iluminando de um lado e dois cães farejando de outro.
-Ele está ali!
Diego parece avistar algo do outro lado e sai correndo. Nesta mesma hora os policiais juntamente com Pedro resolvem segui-lo e impedir que fuja.
A correria sobre as pedras, galhos secos pelo campo mal coberto, perseguição meio no escuro com o sol ainda escondido.
Eles o perdem.
Diego para um instante ao vê-la. Talvez um milésimo de segundo que pudesse fazer com que sentisse a vida entrando novamente dentro do seu ser. Um respiro fundo e ele corre até a pedra onde está deitada.
-Roberta! -Ele a olha desacordada e novamente se angustia.
-Roberta acorda fala comigo!
Ele se senta sobre a pedra baixa. Segura a cabeça dela e coloca sobre o colo. Alisa seus cabelos e o rosto. Se aproxima sem saber o que dizer. Ao beijar de leve sua boca, foi como se tentasse despertá-la como se fazem nos contos. A diferença entre o conto e a realidade, é que não garantimos na vida os finais felizes.
<<Cap 22 Cap 24>>
Desce as escadas e não é percebido, mas nem se importa nesse momento. Ele volta a fazer a mesma fuga da noite anterior, não está nem um pouco arrependido, e tanto faria tudo de novo que estava fazendo. Porém desta vez pediria ajuda.
Nada poderia dar errado, a vida de quem amava estava em jogo. Era tudo ou nada.
Inquieta, Roberta tenta soltar as mãos das cordas que desde mais cedo estava desfiando em um prego. A velha cabana, tinha o chão coberto de palha seca e poeira. A rebelde ainda de olhos vedados, estava deitada em um colchão pequeno em um canto, perto de uma mesa. O frio começava e o pé, apesar dos cuidados que havia recebido, ainda doía. O homem, que havia feito esses cuidados, e que era no mínimo cúmplice da mulher, já não estava no local.
Roberta percebia por que tudo estava muito calado. O pouco tempo que esteve ali com o tal homem, pode perceber o quanto era desajeitado. Vivia sempre falando sozinho e derrubando as coisas. Restava saber se estava sozinha.
Ao levantar o rosto, ela percebe que a fita que lhe impedia a visão começa a se soltar no canto direito do olho. Apesar de um pouco embaçado, ela vê que uma mulher com pouco mais de vinte anos, vestindo um jeans e uma camiseta vermelha. Está dormindo de costas para ela no outro canto do cômodo. O rabo de cavalo amarrado frouxo, deixava o cabelo negro e comprido cobrir o chão.
Roberta arrebenta o resto da linha da corda já estava bem desfiada e retira a fita dos olhos. Existe pouca luz no local.
Ela pisa devagar. Os pés haviam sido desamarrados mais cedo, para que fossem feitos os curativos, e talvez por pena o cara não quisesse lhe provocar mais dor pressionando uma corda sobre um pé torcido a deixando então livre.
A madeira seca ringe conforme ela prossegue escorada na mesa. A cabana estava construída no alto e pelos buracos na madeira era possível ver o chão que apesar de ser madrugada estava claro pela iluminação que o céu doava. Ao chegar enfim à porta, ela nota que está fechada com um cadeado. O coração acelerado não sabe se volta ou se procura outra saída. Olhando em todos os cantos ela não vê nada parecido com uma chave e logo fica temendo despertar a mulher, que sob o travesseiro, revela agora uma arma.
Alice e Carla saem de fininho. Com tudo que estava acontecendo não haviam sido obrigadas a irem para o colégio, mas despistar Eva e Franco não havia sido fácil, ninguém dormia naquela casa e foi preciso um drible muito bem feito.
-Como vocês demoraram!
-Ai, Tomás, a gente teve que esperar uma brecha pra poder escapar.
-Ai, acho que a gente chamar a polícia! -Alice fica nervosa.
-O Diego disse que havia avisado, mas que não iria esperar. -Pedro informa os amigos. -Vamos lá, pro lugar onde ele disse. A essas horas ele deve estar longe.
Em sua sala, em plena madrugada, Jonas ouve a denúncia e não acredita.
-Mas agora ele passou de todos os limites. Não vai ter jeito, eu vou ter que entregar o Fábio às autoridades. Obrigada pela informação e fique tranquila, tudo será mantido em sigilo.
-Eu só fiz o que achava certo. Eu ouvi o Binho conversando no celular e não tive dúvidas de que estava falando com marginais sobre o sequestro. Fiquei sabendo pelo Diego que ele já havia feito algo parecido antes e até usado de um "boa noite cinderela".
-Sim, esse rapaz é obcecado pela Roberta. Só não imaginei que chegasse a esse extremo. -Jonas pensa longe. - Mas não se preocupe. -Ele está certo da decisão. -E mais uma vez, obrigada por sua colaboração Marina.
Com um aspecto amedrontado, Binho observa a menina sair da sala de Jonas, mas antes que possa abordá-la, Juju e Sosô vem até ela curiosas e o garoto é obrigado a recuar.
Completamente eufóricas elas praticamente arrastam Marina com elas, a enchem de perguntas.
-Desculpa gente, eu não posso falar. É muito arriscado, espero que entendam.
-Ah, não pode contar nada? A gente não conta pra ninguém!!
Indecisa a menina acaba ficando e contando tudo para as duas que escutam de queixo caído. Não é difícil imaginar que depois todos já estavam sabendo que Binho era o culpado pelo sequestro de Roberta.
-Ah, eu não acho que foi ele. -Pilar comenta na sala de estar.
-Deixa de ser boba, ele é um marginal! -João chega na sala.
Todos começam a discutir e opinar, a maioria, claro acreditava que ele fosse mesmo o culpado.
-Mas onde ele tá?
-Fugiu Pilar. Pra você ver o quanto ele é inocente! Foi só chamar a polícia que ele pegou as coisas do quarto e deu no pé.
Ninguém sabe o que é certo ou não, porém a dúvida não é os maior problema à essa altura do campeonato.
As pernas que não descansam na correria já no amanhecer do dia, parecem nem perceber o cansaço depois de tanto tempo de caminhada. Diego sabia pelo telefonema de Marina, onde deveria encontrar Roberta.
-Ela disse que eles deixariam ela livre à noite. -Pensa ele. -Onde será que ela tá?
Diego pega o celular para tentar um sinal, mas não consegue. O lugar onde está não é o mesmo onde havia procurado da outra vez. Era um local baixo, longe da praia e pouco frequentado para acampamentos e trilhas.
Ao ouvir chamarem seu nome ele fica atento.
-Pedro? -Diego corre até uma pedra alta e tenta avistar. Percebe que o amigo está acompanhado de três policiais com lanternas iluminando de um lado e dois cães farejando de outro.
-Ele está ali!
Diego parece avistar algo do outro lado e sai correndo. Nesta mesma hora os policiais juntamente com Pedro resolvem segui-lo e impedir que fuja.
A correria sobre as pedras, galhos secos pelo campo mal coberto, perseguição meio no escuro com o sol ainda escondido.
Eles o perdem.
Diego para um instante ao vê-la. Talvez um milésimo de segundo que pudesse fazer com que sentisse a vida entrando novamente dentro do seu ser. Um respiro fundo e ele corre até a pedra onde está deitada.
-Roberta! -Ele a olha desacordada e novamente se angustia.
-Roberta acorda fala comigo!
Ele se senta sobre a pedra baixa. Segura a cabeça dela e coloca sobre o colo. Alisa seus cabelos e o rosto. Se aproxima sem saber o que dizer. Ao beijar de leve sua boca, foi como se tentasse despertá-la como se fazem nos contos. A diferença entre o conto e a realidade, é que não garantimos na vida os finais felizes.
<<Cap 22 Cap 24>>
Resumão LuAr no Legendários
continua o 23 por favor
ResponderExcluirbeijos
CONTINUAAAAAA U.U
ResponderExcluirpuru nervosismo.Mais ADORO suas web´s
ResponderExcluircotinua o 23 por favor eu tou adorando.bjs
ResponderExcluirAposto que o Binho avisou o Diego que foi a marina que fez tudo issso...
ResponderExcluirAii ela quer incriminar ele pra fikar fora de foco
Bateu na trave!
ExcluirEla ainda naum me desce
ExcluirAQUELA MARINA NÃO É FLOR QUE SE CHEIRE
ResponderExcluirEssa tal d Marina deve ta armando, mais mesmo assim o Binho merece... O Jonas tem q mandar matar ele.☠☠
ResponderExcluirContinua por favor!
ResponderExcluircontinua por favor!!
ResponderExcluirpor favor faz uma historia de Diego e Roberta que eles tem a primeira vez no natal na vila lene.por favor eu vou adorar si vc fizer essa historia por que vc menda muito bem.bjssss.fui
ResponderExcluirpor favor continua!! estou doida pra ver o próximo capítulo
ResponderExcluirAline, você vai nos enlouquecer....
ResponderExcluirContinue por favor!!!!
Darly
NOSSA VÉI,NOSSAAA, CONTINUAAAA, TA MUITO BOAAAA ESSA WEB *-*
ResponderExcluirPELO AMOR DE DEUS , VS TEM QUE CONTINUAR SE NÃO EU MORREREI ! CAP 24 POOOOOOR FAVOR
ResponderExcluirAline continua pelo amor de Deus.
ResponderExcluirAssim vc vai me matar de curiosidade
Qndo vai postar o 24?? To mega ansiosa. Muito #Perfeito!!
ResponderExcluirbjin
Não sei qdo vou postar, acreditem ou não postei pelo celular o 23! como é louco fazer isso dentro de uma van mas eu fiz! kkkkk... Vou fazer o possível p postar amanhã! Semana q vem como não tem aula nem trabalho, graças a Deus!! Vou postar bem mais ok!
ResponderExcluirObrigada amigos e boa madruga! Bjus!! "(^^)"
Alineeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, pelo amo de Deus cadê o 24?
ResponderExcluirCADEE O 24?? EU TO AMANDO AMANDO AMANDOO! CARLA HELENA AQUI!
ResponderExcluirContinua pf!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirMe desculpe por postar aqui, mas leiam o meu blog: http://miaebeck.blogspot.com/
ResponderExcluirPor favor!
Ah! Leio o seu blog sempre e acho que você escreve muito bem :D